Antes de ir pra Alemanha fiz estágio num Posto de Informações Turísticas (PIT) em Curitiba. Foi uma experiência super bacana, além de ter conhecido ali umas das minhas melhores amigas. Sabe daquelas que não deixam de falar com você só porque você está morando fora do país? Daquelas que podemos ficar um tempão sem se ver e se falar, mas quando nos encontramos/escrevemos parece que se passaram só alguns minutos? Pois... Mas, não é dela que quero falar, quero só deixar aqui brevemente registrada a minha indignação com a qualidade do atendimento ao turista em Curitiba. Tá, estou bem por fora das coisas, meu cometário seria mais de uma potencial turista na cidade do que da turismóloga que o diploma me diz que sou, mas ainda assim... Fiquei muito chateada com o estado em que encontrei as coisas quando voltei. Achei que quando tinha saído as coisas estivessem caminhando pra frente, vi muitos projetos em andamento, tinham aberto uns 2 PITs novos por aqueles meses... Mas agora ao voltar... só decepção. Imagina gente, sendo uma cidade sede de jogos da copa e eles não parecem ter feito nada pra melhorar o atendimento ao turista na cidade. Só existem 2 PITs atuantes na cidade, de pelo menos 5 que eu me lembre que existiam quando eu saí... Sem contar que o atendimento era na sua maioria feito por estagiários, que mal e porcamente falavam inglês, e muitos estavam lá só pelas horas ganhas, e não pelo bem servir aos visitantes. Desculpem a sinceridade, ou arrogância, mas eles tinham é sorte de me ter por lá falando além do inglês também o alemão. Às vezes eu fico pensando que eu queria estar trabalhando nisso de novo, só pelo gosto de ver um turista sendo bem informado. Mas aí a gente vai se informar e é qualificado demais pra isso. Não é valorizado esse tipo de serviço, vai ver o quanto se paga pra quem atende turistas por aí, isso quando não é "voluntário". Será mesmo que receber bem quem vem visitar seu país, sua cidade não merece um atendimento de qualidade? Não merece ter alguém à disposição para mostrar o que a gente tem de melhor? Será que precisa ser sempre tudo tão sucateado??
Cresci em família de descendência alemã, pra mim sempre foi super normal chamar meus tios e tias de Onkel e Tante, até hoje não consigo me referir à eles sem esse pronome (se é que o nome é esse mesmo, mas vocês entendem o que eu quero dizer). Pra mim tia era o nome pelo qual as minhas amigas chamavam a minha mãe e a mãe de todos os amiguinhos da escola. No Brasil isso é super normal, pelo menos lá onde eu cresci. É meio que costume chamar pessoas mais velhas de tio ou tia, um sinal de respeito. Então pra mim, esse negócio de tia sempre pega por esse lado. Meu maior terror quando voltar aos Brasil é voltar a ser chamada de tia (me arrepio só de pensar). Pra piorar sobrinhos do marido foram ensinados a me chamar de tia, já sentiram a minha reação né?! arrepios... É ainda pior quando adultos se referem a mim com esse “pronome”, ui, mais arrepios... Por isso meus filhos vão chamar seus tios de sangue de Tante e Onkel, assim como os avó são Opa e Oma. Gente, não consigo m...
Aqui em Porto Alegre o serviço de informações ao turista sempre foi fraco, e no sábado passei por um ponto deles no centro, estava lotado de turistas para o jogo da copa e o pessoal atentendo muuuito mal, poucos falando inglês (vi outros turistas brasileiros tendo que interferir para ajudar). É muita vergonha mesmo, e pessoal qualificado não interessa né, pois assim eles teriam que pagar mais. Muito triste...
ResponderExcluirBem assim Grazi, às vezes eu tb ajudo o pessoal assim de boa vontade mesmo, porque sei como é deficitário o atendimento por aí. Já vi tanto turista perdido procurando informações e não encontrando que me revolta esse tipo de coisa.
ExcluirÉ por ai mesmo Bárbara. Eu queria ver como é que a "gringaiada" tá se virando por ai agora com a Copa. Achei o cúmulo, quando vi que estavam pedindo voluntários para trabalhar em um evento milionário como esse! Me poupe, né...
ResponderExcluirÉ Sandra, eu fugi da muvuca de Curitiba, mas tava querendo ver como é que a gringaiada está se virando por lá com essa falta de qualidade viu. E com certeza, trabalhar num evento desse porte como voluntário, ainda mais se eu tenho a qualificação e formação pra isso, é o absurdo dos absurdos na minha opinião.
ExcluirBabi, eu sinto a mesma coisa. Eu ando por BH e vejo o quão despreparado tudo está. Infelizmente nossos cursos não são valorizados no Brasil, pois não podemos contribuir com tecnologia para o país. Fico tão triste com essas coisas, sabe, como alguns profissionais não são levados a sério porque não cursaram engenharia ou outro curso de "prestígio". As pessoas acham que devemos fazer de graça, pois estudamos esses cursos "por amor"... sinceramente isso me deixa muito triste. Nós batalhamos muito pra nos formar, estudamos outros idiomas, e merecemos ser pagas por todo o conhecimento que temos, mas parece que ninguém vê isso. Também temos contas pra pagar, afinal.
ResponderExcluirbeijos
Exatamente Marcela! No meu caso, quando digo que trabalho com Turismo o povo acha que só vivemos viajando, e ficam fazendo piadinha. Agora quer ver não ser bem atendido num hotel, numa agência de viagens, nas empresas aéreas... E estou falando de áreas básicas do Turismo, quenem sao muito a minha praia, imagina então quando se fala em planejamento, em receber bem as pessoas... ahhh mas brasileiro é sempre tão hospitaleiro né? Não precisa pensar e estruturar o país pra isso... o tal do jeitinho vai resolver...
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triste realidade
beijo